Deveríamos debater, enquanto sociedade, se os horários sociais que praticamos são os que mais se adequam, na medida em que estão desfasados do nosso relógio biológico.

    O tempo é um bem escasso num mundo com inúmeras solicitações e afazeres, em que escolhemos, muitas vezes, encurtar os períodos destinados a satisfazer as necessidades mais básicas, como é o caso das horas reservadas ao sono.

    Acordamos cedo e deitamo-nos tarde, conduzindo a uma constante sonolência que é camuflada por substâncias estimulantes como a cafeína. Contudo, estes comportamentos têm um preço elevado no organismo, em particular no cérebro.

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    Sofia Gomes
    Médica especialista de Psiquiatria
    no Centro Hospitalar Universitário de Santo António